Espetáculo Teatral
© Alexandre Paixão
Uma mulher sofre um abuso. Durante sete unidades dramáticas denominadas “círculos”, a personagem deste poema- dramaturgia, narra a violência a que foi submetida, a tentativa de se restabelecer, a notícia da gravidez, a opção do aborto, a culpa, a ilegalidade de escolher, a dissociação entre lei e corpo e o rompimento com a velha mitologia patriarcal. A voz dessa mulher perpassa as diversas camadas da Sociedade do Estupro e vai, pelo arquétipo de Alteridade, encontrando aberturas para a reconstrução de si.
O espetáculo já fez apresentações na Lisboa Criola, na Fábrica Braço de Prata, no Espelho D’água e na Biblioteca de Alcântara (todos em Lisboa/Portugal) e surgiu com o formato de música e poesia por uma encomenda do SESC AV. Paulista, em São Paulo/SP, Brasil, que juntou a poeta/performer com a banda Labirinto, principal representante contemporâneo do post-metal brasileira. O texto do espetáculo foi encenado também por três diferentes artistas: Luaa Gabanini e o coletivo Companhia e Fúria (2015, com gravação em documentário sobre violência de gênero co-produzido pela ONU Mulheres, Gabriel Miziara (2021), com prêmio de incentivo da Lei Aldir Blanc e Ana Noronha Vieira, em turma de formação no Studio Beto Silveira Preparação de Atores e Desenvolvimento. Também foi lido durante o mês da dramaturgia brasileira, em outubro de 2022 na Leitura do Mosteiro, na cidade do Porto, uma iniciativa do Teatro Nacional São João.
DURAÇÃO - 60minutos CLASSIFICAÇÃO - M/14 LINGUAGEM - Teatro INTÉRPRETES - 01 atriz
Texto, encenação e performance: Maria Giulia Pinheiro/ Intervenção sonora: Gonçalo Antunes/ Intervenção imagética: Muriel Curi